A Persistência da Memória – 1931 (Salvador Dalí). |
Morin, tendo sido o fundador do centro de comunicação de massas e anteriormente um militante do partido comunista, baseia seu texto na critica à desmedida industria cultural que segundo o autor busca seu lucro por meio da comunicação de massa, que faz de suas criações artística produtos a serem consumidos e para tanto não medem esforços para criar um padrão satisfatório que, fará com que o público se identifique.
A presença do vilão, dos mocinhos, do final feliz, do conflito a se desenrolar, dentre tantos outros recursos utilizados pelo cinema, pelo rádio, pela tevê, são analisados por Edgar Morin como ferramentas que buscam a padronização da produção das histórias que serão veiculadas para o grande público. Para o autor isso causa um grande prejuízo para as criações artísticas, Morin ainda apresenta a originalidade como uma ferramenta dos meios de comunicação em massas para venderem seus produtos, e é neste ponto que mora o conflito entre "originalidade x padronização".
Estamos na era da internet e o advento da web trouxe aos criadores caseiros uma facilidade em compartilhar seus conteúdos, hoje os artistas, sejam eles cineastas, fotógrafos, atores, músicos entre outros, não precisam mais alugar uma galeria, se inscrever em uma mostra ou participar de um festival para exporem suas obras, basta apenas um clique para que isso aconteça, porém a atemporalidade da obra de Morin, se analisarmos o âmbito da World Wide Web mora exatamente na massificação do conteúdo. Apesar de facilitado o compartilhamento das idéias, para que o autor alcance o grande público, continua reinando a Indústria Cultural, é preciso se adequar em seus padrões e sucumbir a atividade publicitária.
Pra representar a reprodução do padrão cultural midiático, podemos analisar vários aspectos que incorrem até mesmo na apropriação de obras para criação e embasamento de novos produtos culturais citados na obra de Morin, como exemplo observem as obras dos Irmãos Grimm que foram outrora utilizados pela Walt Disney para criação de seus filmes, sem nem, para isso, terem citados os autores originais de suas histórias.
Vejam o exemplo de Branca de Neve e sete anões:
Conto Original Irmãos Grimm:
http://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/branca_de_neve
Branca de neve e os sete anões completo no link:
https://www.youtube.com/watch?v=-sxbZ70VRsg
Excelente texto!
ResponderExcluirParabéns.
Espero ver mais conteúdos assim na internet!
Obrigado João.
ExcluirRealmente, parabéns!!
ResponderExcluirObrigado Fernanda
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMuito bom mesmo, gostei. Parabéns! (:
ResponderExcluirMuito obrigado mesmo Isys Bastos
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