domingo, 14 de setembro de 2014

O conflito da Indústria Cultural

Edgar Morin nasceu em 8 de Julho de 1921, é considerado um dos principais pensadores contemporâneos.No livro - Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo, ano 1977 - o autor trabalha alguns aspectos da Indústria Cultural, sendo considerada por ele resultado do desenvolvimento tecnológico que propulsou a busca por lucro dos meios de comunicação de massa.

Morin define esta indústria como produto do complexo da sociedade moderna, pronta para a produção e o consumo, mas também com uma industrialização secundária que ocorre de forma sutil, pois se origina nos planos imagéticos, de criação. Isto é, a Indústria Cultural possui dois lados: o de criação e o do lucro. 

Na indústria cinematográfica por exemplo, os avanços tecnológicos permitiram maior qualidade na produção dos filmes e uma facilidade na disseminação do conteúdo, propiciando um aumento do público alvo das empresas cinematográficas, expandindo o mercado  e a busca incessante pelo lucro. Apesar desta indústria seguir uma forma padrão na criação dos filmes (final feliz, mocinha ingênua, amor impossível), estes também devem contar com a originalidade, uma identidade na hora da criação.

Desta maneira fica claro o conflito da Indústria Cultural entre o lucro e a criação, originalidade e padronização. Sendo assim é evidente que os meios de comunicação de massa buscam o equilíbrio entre o ato de criar e a satisfação do mercado, pois para atingir o lucro é necessário conquistar o público, que apesar de gostar das formas tradicionais na produção de um filme, busca também uma inovação dentro deste padrão de criação.

Para complementar, o pensamento de Edgar Morin referente à indústria cultural, entende que ela se alimenta através de um padrão de sucesso na criação de seus produtos, mas com uma certa inovação. Utilizarei de um clássico do cinema para exemplificar tal pensamento, visto que as obras fílmicas que são adaptadas de livros de grandes sucessos seguem o pensamento da formula do sucesso , pois quando um livro se torna um sucesso certamente esta mesma historia do livro será sucesso em forma de filme , até porque é a mesma formula só que contada por um meio diferente, a base do produto será a mesma só com um toque de inovação.

O Filme a “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (Willy Wonka & The Chocolate Factory, EUA, 1971), foi a primeira adaptação do livro infantil de 1964 do escritor Roald Dahl o "Charlie and the Chocolate Factory". O filme conta a história de Willy Wonka, um homem rico, dono de uma fabrica de chocolate que faz uma promoção, distribuindo cinco bilhetes dourados nas embalagens de seus chocolates para quem o encontrar possa visitar a sua fábrica, fechada desde que alguns espiões tentaram roubar suas fórmulas secretas. Cinco crianças são premiadas e irão visitar a famosa e misteriosa Fábrica.

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE (1971) - Trailer


Seguindo o sucesso da primeira adaptação, em 2005, é lançado uma segunda adaptação   do filme "Charlie e a Fábrica de Chocolate" dirigida por Tim Burton e estrelado por Johnny Depp como Willy Wonka. A segunda versão foi um sucesso de bilheteria e muito elogiado pela crítica. Assim podemos enxergar como a indústria cultural explora uma formula de sucesso unida com a criatividade em busca do lucro.


A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE (2005) -Trailer Legendado 


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